Este é o segundo post sobre a minha viagem para a Finlândia. Veja também a parte 1 e a parte 3.
Durante essa semana meu celular quebrou e eu acabei perdendo algumas fotos (e ficando impedido de tirar outras).
18/09/2012 – 21/09/2012, terça-feira – sexta-feira:
Finalmente o evento começou oficialmente! Durante esses 4 dias eu passei as manhãs e tardes no evento, exceto por um ou dois turnos que eu passei em casa acabando um projeto da universidade.
Todos os dias a programação começava pela manhã com algumas curtas inspirational keynotes e logo em seguida se dividia em múltiplas trilhas.
Como dá para ver, tinha muiiita coisa acontecendo ao mesmo tempo.
Eu particularmente segui de perto a trilha Open Cities, que tinha meio que uma sub-trilha chamada Open Transport Data. Também dei uma espiada em outras trilhas, como Transparency and Accountability e Data Journalism.
Uma das coisas que me incomodam bastante em João Pessoa é a falta de informação acerca do transporte público. Não há mapas com as rotas e linhas dos ônibus disponível em lugar nenhum (meios físicos ou eletrônicos). E olha que teoricamente somos uma cidade “turística”.
Claro que há várias outras coisas que eu quero mudar, principalmente a respeito de segurança e educação, mas como essa questão da falta de informações no transporte público é uma coisa aparentemente simples de se resolver e que está ao meu alcance, resolvi que deveria estudar mais sobre o assunto.
Quando comparado com outras cidades (como Helsinque), chego até a ficar com vergonha da situação de João Pessoa. O planejador de rotas da capital finlandesa é bem útil e eu mesmo me beneficiei bastante dele durante a minha estadia.
As palestras e workshops que eu participei me informaram e inspiraram bastante. Os vídeos se encontram disponíveis no site do evento. Já estou com várias ideias na cabeça e pretendo colocá-las em prática assim que eu voltar ao Brasil (ou quem sabe antes). É, pelo jeito os impostos que o contribuinte brasileiro está pagando (através da minha bolsa) para que eu viesse morar aqui por 1 ano não serão em vão.
Outra coisa que eu achei legal no evento foi ter conhecido um pouco mais sobre a instituição por trás dele: a Open Knowledge Foundation. Acho que agora ela é um dos lugares que eu mais quero trabalhar quando eu me formar.
No geral gostei bastante do evento. Esperava coisas mais técnicas sobre programação, mas como o público era bem diverso (jornalistas, designers, programadores) acho que eles não quiseram se aprofundar muito nos aspectos técnicos.
Ah, e impressionante como tinha gente “importante” lá. Pessoas trabalhando em ministérios, no Parlamento Europeu, etc. Outro exemplo foi uma palestra sobre um padrão para representar dados de transporte público (GTFS) que o Google usa no Google Maps, apresentada por nada menos do que a pessoa que criou o padrão!
No próximo post eu conto a aventura que passei com meu amigo brasileiro (o que me convidou para o evento).
Este é o segundo post sobre a minha viagem para a Finlândia. Veja também a parte 1 e a parte 3.