Este é o primeiro post sobre a minha viagem para a Finlândia. Veja também a parte 2 e a parte 3.
No dia 31 de julho, enquanto eu ainda estava no Brasil, um grande amigo meu disse que já estava com passagem marcada para comparecer ao OKFestival, um evento bem interessante no meio de setembro em Helsinque, capital da Finlândia. Não sei o que deu em mim, mas naquele momento eu decidi que definitivamente eu também iria a este evento.
Alguns meses depois, finalmente chegou a data do evento. Irei colocar alguns detalhes gerais da viagem e em seguida o “diário”.
Cidade
A cidade é bem moderna e bonita, mas não é lá muito grande. Em 2 dias você consegue visitar quase todos os pontos turísticos, então para quem planeja passar mais tempo na Finlândia talvez seja uma boa ideia considerar visitar outras cidades.
A grande maioria das pessoas falam inglês, o que me ajudou bastante. Não passei nenhuma dificuldade por causa da língua.
Transporte
Há alguns meses, assim que eu decidi ir ao evento, encontrei passagem (ida e volta) por € 190. Acontece que eu ainda não tinha certeza se iria voltar no sábado, no domingo ou na segunda, e acabei deixando para comprar de última hora. Fui pela KLM e no total paguei € 251,45.
Notem que para os padrões de intercambistas, isso é bastante, já que aqui na Europa temos algumas companhias aéreas low-cost onde é possível achar voos de € 10 ou € 15 de vez em quando. Infelizmente não encontrei nenhuma que operasse na Finandia.
O transporte público na cidade é excelente e um ticket semanal que lhe dá direito aos ônibus, trams e até a uma balsa me custou € 28. Horários, linhas e rotas estão disponívei no site da Helsinki Region Transport. A região metropolitana está divido em zonas, então um ticket individual do aeroporto para o centro custa um pouco mais caro que trechos menores no centro.
Hospedagem
Eu me hospedei na casa de uma pessoa através do AirBNB e paguei cerca de € 20 por noite. Os albergues ficam nessa faixa, mas a privacidade, conforto e segurança de ficar na casa de uma pessoa normalmente é bem maior. Por exemplo: eu tinha uma cozinha disponível para mim, o que me fez economizar nos cafés da manhã.
No começo eu até dei uma olhada nos preços de hotéis, mas logo desisti. Talvez se eu tivesse me planejado com bastante antecedência fosse possível achar um sofá no CouchSurfing.
Diário
15/09/2012, SÁBADO:
Ainda na Holanda, acordei relativamente cedo, tomei café da manhã e fui andando para a estação de trem, que fica a pouco mais de 2km da minha casa. No meio do caminho eu decidi que na volta eu definitivamente pagaria os € 3 do ônibus. Apesar de só estar carregando minha mochila e uma mala pequena, a caminhada foi meio desconfortável
Com exceção do dia em que eu cheguei, eu ainda não havia andado de trem por aqui. Para variar eu cheguei bem antes da hora e acabei conseguindo pegar um trem antes da hora que eu havia planejado no dia anterior. Como o trem tinha wi-fi grátis, fiquei bem entretido no smartphone durante a viagem. Legal que a empresa de trem daqui da Holanda tem um aplicativo para Android bem bacana. Além de mostrar os horários e tudo mais, ele te dá suporte durante a viagem. Você pode, por exemplo, colocar um alarme para 5 minutos antes de você chegar no seu destino
Cheguei no aeroporto também bem antes do horário de embarque (coisa de 2 horas), mas quis logo fazer o check-in para me livrar da minha mala. Na verdade eu já havia feito o check-in online antes de sair de casa, então eu só precisava despachar a mala, e para a minha surpresa, até isso o pessoal daqui conseguiu automatizar. Todo o processo foi feito em uma máquina, sem nenhuma interação com humanos. Esses europeus sabem bem como economizar com recursos humanos.
Aproveitei o tempo para trabalhar um pouco (no laptop) e logo as 2 horas se passaram. O voo foi tranquilo, e como sempre eu dormi quase todo o percurso, acordando estrategicamente na hora em que o lanche estava sendo servido. Já no aeroporto de Helsinque, era hora de por em prática o meu plano de ir de ônibus ao flat onde eu iria me hospedar. Apesar do anfitrião recomendar ir ao centro e de lá ir ao flat (pela facilidade), eu consegui calcular a rota ideal usando o excelente site da empresa de transporte público de Helsinque.
Tudo ocorreu bem, mas eu acabei me atrasando uns 30 minutos pois na hora de trocar de ônibus eu confundi o sentido da parada e fiquei esperando no lado errado da rua, hehehe. Cheguei no flat bem cansado, fiz umas compras e dormi. Algumas poucas fotos do primeiro dia (primeiras fotos são na Holanda):
16/09/2012, domingo:
Acordei cedo e tomei o café da manhã em casa (sucrilhos e sanduíches). Como eu viria a descobrir mais tarde, os restaurantes na Finlândia são relativamente caros, o que me fez tomar café da manhã em casa todos os dias. Depois acabei percebendo que fazer compras no mercado aqui também estava saindo mais caro que minhas compras em Eindhoven, mas fazer o que :P.
Sai de casa, comprei o meu ticket que vale por uma semana nos transportes públicos da cidade e segui para o centro para conhecer alguns pontos turísticos.
Caminhei pelo centro das 11h até umas 16h e consegui conhecer vários pontos interessantes da cidade. O meu preferido do dia foi uma igreja que fica dentro de uma rocha gigante. Depois do passeio no centro, fui para casa (que fica um pouco afastada) e conheci a vizinhança e um parque próximo. Segue algumas fotos do primeiro dia com legendas.
17/09/2012, segunda:
Como o evento só começava oficialmente na terça-feira, tirei a segunda como mais um dia de turista. Fui para o centro explorar o lado oposto da área que eu havia ido no dia anterior.
Visitei as duas igrejas famosas da cidade e o mercado local, que fica bem próximo ao ponto onde sai a balsa para a pequena ilha chamada Suomenlinna. Este foi de longe o meu ponto turístico predileto de toda a viagem e um dos lugares mais bonitos que já fui na vida. Como não era o auge do verão, a ilha estava um tanto quanto deserta, o que a deixou ainda mais bonita.
Apesar do evento começar no dia seguinte, neste dia já estava acontecendo um mini-evento (que infelizmente eu não havia me inscrito). Depois de muita dificuldade, finalmente consegui me comunicar pela internet com o meu amigo do Brasil e ele disse que estava lá.
Quando voltei da ilha me encontrei com este meu amigo (Vítor) e juntos fomos ao meu primeiro “Hacks/Hackers”, que é um encontro que acontece em várias cidades, normalmente em bares, e que tem como intuito reunir jornalistas e hackers. Vítor me apresentou algumas pessoas da OKFN (organização a frente do OKFestival) e juntos fomos jantar.
Aqui algumas fotos (com legendas) do dia:
Este é o primeiro post sobre a minha viagem para a Finlândia. Veja também a parte 2 e a parte 3.