Hoje apresentei meus dois últimos projetos do semestre acadêmico e finalmente fiquei de férias. Aproveitei para encerrar o dia com chave de ouro indo na “Noite da Guitarra”, no Cine Banguê do Espaço Cultural. Esta foi a última apresentação do ano da Orquestra Sinfônica da Paraíba.

Como eu disse no último post (que fala sobre o Fest Aruanda, festival de curtas) eu irei, na medida do possível, documentar aqui neste blog minhas experiências culturais (shows, cinema, etc).

Flyer de divulgação

Se eu tivesse que descrever o concerto em apenas 2 palavras, eu escolheria “espetacular” e “descontraído”.

Espetacular porque foi algo totalmente diferente, inesperado. Eu já havia assistido a várias apresentações da Orquestra Sinfônica da Paraíba, mas dessa, com certeza, eu me lembrarei por muito tempo.

A Orquestra abriu o concerto com uma obra ainda sem os guitarristas, e depois eles foram se revezando no palco, um a um, tocando em média 3 músicas cada. No encerramento, os 3 guitarristas subiram ao palco e tocaram juntos.

Também tivemos a participação especial de Paulo Barreto (violino elétrico) e Alexandre Dinoá (violoncelo elétrico), que interpretaram The Final Countdown (uma daquelas músicas que todo mundo conhece mas quase ninguém sabe o nome) entre o segundo e o terceiro guitarrista.

O repertório foi bem variado. Ouvimos desde Sivuca (Feira de Mangaio) e Van Hallen até Mozart (Marcha Turca) e Haydn, passando por obras de autoria própria dos guitarristas e obras de compositores locais. O programa completo pode ser encontrado aqui (notícia no G1).

Segue um vídeo da Marcha Turca sendo interpretada por um violão, só para deixar o gostinho. Substitua o vilão por uma guitarra e adicione a Orquestra Sinfônica da Paraíba no fundo para se ter uma ideia de como foi o espetáculo.

As guitarras, quase sempre com distorções e outros efeitos, misturaram o som de seu rock com o dos instrumentos clássicos da Orquestra.

A noite também foi bem descontraída e divertida, e os músicos arrancaram muitas gargalhadas da platéia. O maestro  João Linhares conseguiu entreter muito bem o público enquanto os guitarristas afinavam seus instrumentos, mas quem chamou mesmo a atenção foi Alex Madureira.

Vestindo uma camiseta, uma bermuda de surfista estampada e com um boné na cabeça, Alex ganhou a simpatia de todos quando pegou o microfone, após ter tocado, e desejou boas festas a todos, sempre se utilizando de gírias, palavrões e expressões coloquiais. Ele falou umas coisas mais ou menos assim:

Pô bixo [sic], vocês sabem! Uma Orquestra é como se fosse uma família. Tem gente de toda idade. Tem essas gatinhas aqui, aqueles velhos ali…

Quando acabar aqui vamos todos para um bar, beber. Vocês estão convidados. [...] Vamos encerrar logo que já vai fazer 2 horas que eu não bebo.

Queria agradecer à (esqueci o nome dela), aquela gata da FUNESC.

Não é a toa que em um dado momento subiu ao palco Chico César (como Secretário da Cultura do Estado) e passou o microfone para uma moça da FUNESC (que também foi bem descontraída, chamando Zé Filho de bonitão, por exemplo), mas o público gritava por Alex.

Outro fator que ajudou neste ponto foi o fato de que a platéia estava composta principalmente por jovens, que participaram das brincadeiras e interagiram bastante. A noite realmente foi divertida.

Como eu havia dormido pouquíssimo nos dois dias anteriores (umas 4 horas no total, por causa dos projetos da universidade), eu já estava quase desistindo de ir ao concerto por causa do cansaço. Ainda bem que eu mudei de ideia